... pra você
Sem sorvete, sem chocolate,
sem amor, sem amizade,
sem calor, sem outra parte
sem cobertor, nem travesseiro
só pra você
e você mesmo
sem nada
nem biscoito de nata
nem salada
eca!
sem nada, nem ninguém
só um buraco negro
que suga até a luz
Onde está minha alma? Onde pus?
se vendi, não recebi
se perdi, não sei nem onde
nem sei como e nem porque
e agora vem você
me falar de solidão...
quarta-feira, 28 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
...
Mais uma semana,
(ou um mês, um ano)
não faz diferença
e nem vale muito a pena
Mais uma vez passa
mas uma vez passa
sem sequer saber
ou se ainda passará
Não quero cantar
Não quero sorrir
Não quero saber
Não quero nem mais lembrar
(ou um mês, um ano)
não faz diferença
e nem vale muito a pena
Mais uma vez passa
mas uma vez passa
sem sequer saber
ou se ainda passará
Não quero cantar
Não quero sorrir
Não quero saber
Não quero nem mais lembrar
terça-feira, 20 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
Não-fim
Decretei aquele o fim
de algo que nunca começou
E quem sabe assim
podia enxergar onde estou
A casa estava quase em ordem
mas então chegou a tempestade
e pôs toda a casa abaixo
e agora fudeu
de algo que nunca começou
E quem sabe assim
podia enxergar onde estou
A casa estava quase em ordem
mas então chegou a tempestade
e pôs toda a casa abaixo
e agora fudeu
sábado, 17 de março de 2012
Ida e vinda
Cuidado querida
pois sei que a ida
é muito mais fácil que a volta
Posso ser sua escolta
Mas chegará a hora
que terá de se virar sozinha
Vou sentir aquela dorzinha
mas não tem como evitar
Vou buscar um novo ar
e você pode voltar a amar
pois sei que a ida
é muito mais fácil que a volta
Posso ser sua escolta
Mas chegará a hora
que terá de se virar sozinha
Vou sentir aquela dorzinha
mas não tem como evitar
Vou buscar um novo ar
e você pode voltar a amar
quinta-feira, 8 de março de 2012
Sem Título XI
Olhos seus
Podiam ser
de qualquer cor
Azuis como o céu
Profundos como o mar
Penetrantes como frio gelo
pr'arrepiar até a raiz do fio de cabelo
mas não
Verdes como limão
Agridoces com um gosto de mistério
Ou leves como a brisa que balança as folhas
das árvores da mata na manhã de verão
mas não
Pretos como o breu
Incógnitos e firmes
Que obrigam a chegar um pouco mais perto
pr'apreciar o castanho que lhe consiste
mas não
Não ao céu
não ao limão
não ao breu
Pois eu já sei
nenhuma canção
pode dizer como é
a sensação
de ver os seus olhos
assim, cor-de-mel.
Podiam ser
de qualquer cor
Azuis como o céu
Profundos como o mar
Penetrantes como frio gelo
pr'arrepiar até a raiz do fio de cabelo
mas não
Verdes como limão
Agridoces com um gosto de mistério
Ou leves como a brisa que balança as folhas
das árvores da mata na manhã de verão
mas não
Pretos como o breu
Incógnitos e firmes
Que obrigam a chegar um pouco mais perto
pr'apreciar o castanho que lhe consiste
mas não
Não ao céu
não ao limão
não ao breu
Pois eu já sei
nenhuma canção
pode dizer como é
a sensação
de ver os seus olhos
assim, cor-de-mel.
terça-feira, 6 de março de 2012
Sem Título X
O caminho mais simples
nem sempre é o mais fácil
Pois pra buscar um sim
É difícil pra caralho
A mudança de estações
E a mudança de corações
Não ocorrem ao mesmo tempo
E assim continua sendo
Pois não dá pra ver o destino
que cada vez chega mais perto
Se uma silhueta no caminho
tampa toda a vista decerto
Mas se a cabeça insiste
em não olhar pro lado
e ver o que aí existe,
sou eu quem fica de lado
nem sempre é o mais fácil
Pois pra buscar um sim
É difícil pra caralho
A mudança de estações
E a mudança de corações
Não ocorrem ao mesmo tempo
E assim continua sendo
Pois não dá pra ver o destino
que cada vez chega mais perto
Se uma silhueta no caminho
tampa toda a vista decerto
Mas se a cabeça insiste
em não olhar pro lado
e ver o que aí existe,
sou eu quem fica de lado
sexta-feira, 2 de março de 2012
Quando faz silêncio
Quando faz silêncio
é quando mais ouço o barulho
de todos aqueles gritos
Quando faz silêncio
é quando surgem as britadeiras
da construção que não se edifica
Quando faz silêncio
é insuportável, muito insuportável
muito mesmo insuportável
Quando faz silêncio
eu já não quero mais...
é quando mais ouço o barulho
de todos aqueles gritos
Quando faz silêncio
é quando surgem as britadeiras
da construção que não se edifica
Quando faz silêncio
é insuportável, muito insuportável
muito mesmo insuportável
Quando faz silêncio
eu já não quero mais...
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