Com este sol amarelo,
tanto calor, luz e vida
a um ecossistema belo
Verdes matas, lindo dia
Já deste sangue vermelho
que por aqui corre as veias,
escuto cada conselho
de me guiar nas estrelas
Sob o azul firmamento
quero na grama deitar
e esquecer do momento
que me senti sem um lar
Vi nuvens tempestuosas
Cinzas escalas sem cor
Foram mil almas bondosas
Sofrendo e causando dor
Como chegou eu não sei
Relâmpagos tão agressivos
Quis gritar "mayday, mayday"
mas disse "câmbio, desligo"
quarta-feira, 23 de março de 2016
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Pílulas Diárias #2
Nada basta, já que
coração de araque
de tanta gente
que é crente
que tudo é exatamente
como deve ser
---
Maldita metonímia
por uma palavra
aquilo que era mínimo
vira máximo
só que no sentido errado...
---
Se fomos feitos carne
por que ignorá-la?
Não é o mais importante
mas é o que tem na mala
E quem pode renegar
a própria origem
ou própria situação?
---
Orgulho
De ser o que se é
Ou de poder ser o que se é?
É importante saber a diferença
---
Quantas pedras são necessárias para construir um castelo?
Quantos anos são necessários pra construir um mistério?
Quantos planos são necessários pra construir algo certo?
Quantas pedras são necessárias pra destruir um castelo?
Quantos anos são necessários pra desfazer um mistério?
Quantos planos são necessários pra construir algo certo?
---
Céu, céu, céu
Sinto falta sua
Se sinto seus ventos
Que vêm no verão,
Que vêm no inverno
E me levam, vão,
vêm e voltam
---
A cada dia
Moro um pouquinho mais em Sampa
Mas não sei se a paciência é tanta
E talvez o verbo nem devesse articular tanto...
coração de araque
de tanta gente
que é crente
que tudo é exatamente
como deve ser
---
Maldita metonímia
por uma palavra
aquilo que era mínimo
vira máximo
só que no sentido errado...
---
Se fomos feitos carne
por que ignorá-la?
Não é o mais importante
mas é o que tem na mala
E quem pode renegar
a própria origem
ou própria situação?
---
Orgulho
De ser o que se é
Ou de poder ser o que se é?
É importante saber a diferença
---
Quantas pedras são necessárias para construir um castelo?
Quantos anos são necessários pra construir um mistério?
Quantos planos são necessários pra construir algo certo?
Quantas pedras são necessárias pra destruir um castelo?
Quantos anos são necessários pra desfazer um mistério?
Quantos planos são necessários pra construir algo certo?
---
Céu, céu, céu
Sinto falta sua
Se sinto seus ventos
Que vêm no verão,
Que vêm no inverno
E me levam, vão,
vêm e voltam
---
A cada dia
Moro um pouquinho mais em Sampa
Mas não sei se a paciência é tanta
E talvez o verbo nem devesse articular tanto...
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Pílulas Diárias #1
Nem estou certo ou errado,
apenas estou.
Que seja logo o passado,
pois não aguento sentir assim:
parado
---
Se não há luz que pisca
nem um disco tocando
como sei se estou ouvindo
pra poder estar dançando?
Nada disso é preciso
só navegar que é
---
Como queira, como feira
como eira e como beira
Sem nada tudo sou
nada sei, nada soou
(À parte disso, poderia eu ter em mim todos os sonhos do mundo?)
---
Se não são nação,
o que então são?
A partir do final,
quando cantarão
o Hino Nacional?
---
É manhã.
A gata me acorda
pedindo café-da-manhã
Se fosse tarde,
pediria ela chá-da-tarde?
---
Seis e meia
meia hora,
hora inteira
meia dúzia
de sapato e meia
---
Se o figurativo doce
virar um denotativo amargo
para que uma vida azeda
e um coração salgado?
Como eu queria uma poesia
pra almoçar hoje...
apenas estou.
Que seja logo o passado,
pois não aguento sentir assim:
parado
---
Se não há luz que pisca
nem um disco tocando
como sei se estou ouvindo
pra poder estar dançando?
Nada disso é preciso
só navegar que é
---
Como queira, como feira
como eira e como beira
Sem nada tudo sou
nada sei, nada soou
(À parte disso, poderia eu ter em mim todos os sonhos do mundo?)
---
Se não são nação,
o que então são?
A partir do final,
quando cantarão
o Hino Nacional?
---
É manhã.
A gata me acorda
pedindo café-da-manhã
Se fosse tarde,
pediria ela chá-da-tarde?
---
Seis e meia
meia hora,
hora inteira
meia dúzia
de sapato e meia
---
Se o figurativo doce
virar um denotativo amargo
para que uma vida azeda
e um coração salgado?
Como eu queria uma poesia
pra almoçar hoje...
terça-feira, 1 de julho de 2014
Processo Criativo
Bom... eu mantive este blog por bastante tempo. Me acompanhou por fases marcantes da minha vida e tudo. Completou 5 anos de existência e eu nem consegui fazer algo para comemorar. Por quê?
Estou com um sério bloqueio criativo. Esses me atacam de vez em quando... Com uma frequência bem maior que eu gostaria.
Mas eu resolvi contra-atacar o meu próprio bloqueio. Vou me forçar a escrever algo, nem que seja uma singela frase, todo santo dia. E vou publicar, não interessa se é bom ou ruim.
E para não atolar o feed de ninguém que acompanhe ou venha a acompanhar o meu blog, vou publicar somente numa compilação semanal. Se alguma das criações, por ventura, caírem no meu gosto, eu faço uma publicação exclusiva dela e retiro da compilação.
Mas é isso. Estou oficialmente ressuscitando este espaço!
E vamo que vamo!
PS: coloquei as postagens neste objetivo sob o marcador "Pílulas Diárias"
Estou com um sério bloqueio criativo. Esses me atacam de vez em quando... Com uma frequência bem maior que eu gostaria.
Mas eu resolvi contra-atacar o meu próprio bloqueio. Vou me forçar a escrever algo, nem que seja uma singela frase, todo santo dia. E vou publicar, não interessa se é bom ou ruim.
E para não atolar o feed de ninguém que acompanhe ou venha a acompanhar o meu blog, vou publicar somente numa compilação semanal. Se alguma das criações, por ventura, caírem no meu gosto, eu faço uma publicação exclusiva dela e retiro da compilação.
Mas é isso. Estou oficialmente ressuscitando este espaço!
E vamo que vamo!
PS: coloquei as postagens neste objetivo sob o marcador "Pílulas Diárias"
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Querido Diário #8 - Ano de azar só que não
Dois mil e treze. Que ano diferente. Um ano de encerramentos. Muitos ciclos fecharam nestes 365 dias... Não só de encerramentos, pois todo final é o começo de algo novo. E dá-lhe algos novos.
Só tenho a agradecer por 2013. 2012 tinha sido um ano tão difícil. 2013 veio como recompensa e colheita de tanta coisa plantada a suor e sangue, além da semeação de muitas outras coisas.
Neste ano, eu finalmente me formei. Concluí a graduação que carregava desde 2008. E com louvor e um SS maravilhoso! Uma etapa concluída, trazendo novos horizontes à frente.
Também participei de uma experiência incrível, que foi uma peça de teatro musical! Não só o esforço para dançar (coisa que eu nunca tinha feito e nem pensava em fazer) enquanto canta, mas atuar, acertar entradas e saídas e enfrentar alguns problemas com a força de quem não desiste perante dificuldades.
Cursos, aprendizados, oficinas, aulas, diversas novas esperanças!
Muitas conversas e amizades. Muitos profissionais sensacionais. Novos amigos que parecem ter vindo de outras vidas. Muitas parcerias e prospectos sensacionais.
Neste ano também projetei e estou realizando uma mudança radical de vida e de comportamento, que começou com minha despedida de Brasília. Estou dando beijos à Capital e abraçando a cidade grande, confiando no meu taco para trazer toda a felicidade que eu sei que mereço!
Que ano para se guardar! E ainda dizem que o número 13 dá azar...
Feliz ano novo!!!
Só tenho a agradecer por 2013. 2012 tinha sido um ano tão difícil. 2013 veio como recompensa e colheita de tanta coisa plantada a suor e sangue, além da semeação de muitas outras coisas.
Neste ano, eu finalmente me formei. Concluí a graduação que carregava desde 2008. E com louvor e um SS maravilhoso! Uma etapa concluída, trazendo novos horizontes à frente.
Também participei de uma experiência incrível, que foi uma peça de teatro musical! Não só o esforço para dançar (coisa que eu nunca tinha feito e nem pensava em fazer) enquanto canta, mas atuar, acertar entradas e saídas e enfrentar alguns problemas com a força de quem não desiste perante dificuldades.
Cursos, aprendizados, oficinas, aulas, diversas novas esperanças!
Muitas conversas e amizades. Muitos profissionais sensacionais. Novos amigos que parecem ter vindo de outras vidas. Muitas parcerias e prospectos sensacionais.
Neste ano também projetei e estou realizando uma mudança radical de vida e de comportamento, que começou com minha despedida de Brasília. Estou dando beijos à Capital e abraçando a cidade grande, confiando no meu taco para trazer toda a felicidade que eu sei que mereço!
Que ano para se guardar! E ainda dizem que o número 13 dá azar...
Feliz ano novo!!!
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Querido Diário #7 - Um Novo Alvorecer
Sei lá... são tantas coisas que vivemos, que experienciamos... algumas mágoas fazem aniversário e eu aqui, pensando se um dia vou conseguir dizer que superei isso.
Não sei se um dia vou superar... é inevitável lembrar. E lembrar ainda me entristece... Punhaladas dóem ainda mais quando vêem de pessoas que diziam ser amigas, diziam ser família, mas...
É um novo alvorecer, é um novo dia, é uma nova vida pra mim e eu me sinto bem.
Desde então já me aconteceu tanta coisa... e tanta coisa boa! Então acho que o que me cabe é olhar pra frente. Deixar mágoas e rancores no passado e esperar que num dia em que eu vislumbre tempos idos, eu veja tudo como uma cicatriz que eu já nem lembrava possuir, uma ferida que fechou há eras e eu nem percebi, pois estava focado lá na frente. O que me prende no passado me aprisiona no passado. E das cicatrizes, surgiu uma dádiva: a liberdade.
Tudo o que importa é o que vem de agora em diante! Livre e em direção ao desconhecido. Mas o desconhecido nunca me foi tão familiar, desafiador e recompensador. :)
Não sei se um dia vou superar... é inevitável lembrar. E lembrar ainda me entristece... Punhaladas dóem ainda mais quando vêem de pessoas que diziam ser amigas, diziam ser família, mas...
É um novo alvorecer, é um novo dia, é uma nova vida pra mim e eu me sinto bem.
Desde então já me aconteceu tanta coisa... e tanta coisa boa! Então acho que o que me cabe é olhar pra frente. Deixar mágoas e rancores no passado e esperar que num dia em que eu vislumbre tempos idos, eu veja tudo como uma cicatriz que eu já nem lembrava possuir, uma ferida que fechou há eras e eu nem percebi, pois estava focado lá na frente. O que me prende no passado me aprisiona no passado. E das cicatrizes, surgiu uma dádiva: a liberdade.
Tudo o que importa é o que vem de agora em diante! Livre e em direção ao desconhecido. Mas o desconhecido nunca me foi tão familiar, desafiador e recompensador. :)
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Chuva Real
Deixo caírem as gotas todas
e se fundirem ao rosto
e só sou descoberto
pelo salgado no seu gosto
Pois de dia era sol
e de noite era lua
Deixo cair, uma por uma
e se fundirem ao rosto
e só sou descoberto
por seu som soluçoso
Pois de dia era sol
de noite era lua
Pois ontem era só
e hoje sou chuva
e se fundirem ao rosto
e só sou descoberto
pelo salgado no seu gosto
Pois de dia era sol
e de noite era lua
Deixo cair, uma por uma
e se fundirem ao rosto
e só sou descoberto
por seu som soluçoso
Pois de dia era sol
de noite era lua
Pois ontem era só
e hoje sou chuva
domingo, 11 de agosto de 2013
Fábula da Árvore
Era uma vez uma árvore muito indignada.
Ela não conseguia aceitar o fato de que todas as árvores tinham que permanecer estáticas, só vendo a vida passar diante de suas folhas.
Conversava com as anciãs. Algumas delas eram tão altas, que iam muito além da vista. Sempre orgulhosas por terem vivido séculos, enxergarem vários outros pela frente. Mas sempre paradas no mesmo lugar.
A pobre árvore indignada, baixinha, com seus troncos retorcidos, não iria mesmo ficar ali a sua vida toda. Acreditou no seu sonho. Com muito esforço, ergueu seu tronco e foi arrancando as raízes do chão. Usou quase todas as suas energias para puxá-las. Aquelas raízes profundas não sairiam dali tão fácil.
Finalmente conseguiu se mover, com as raízes fora da terra, deu o primeiro passo. Tombou e morreu.
Moral da história: não seja uma árvore
Moral da história #2: se você for uma árvore, não seja uma do cerrado
Moral da história #3: se você for uma árvore do cerrado, sinto muito
Moral da história #4: árvores não leem blogs, então essas morais aqui não fazem nenhum sentido.
Ela não conseguia aceitar o fato de que todas as árvores tinham que permanecer estáticas, só vendo a vida passar diante de suas folhas.
Conversava com as anciãs. Algumas delas eram tão altas, que iam muito além da vista. Sempre orgulhosas por terem vivido séculos, enxergarem vários outros pela frente. Mas sempre paradas no mesmo lugar.
A pobre árvore indignada, baixinha, com seus troncos retorcidos, não iria mesmo ficar ali a sua vida toda. Acreditou no seu sonho. Com muito esforço, ergueu seu tronco e foi arrancando as raízes do chão. Usou quase todas as suas energias para puxá-las. Aquelas raízes profundas não sairiam dali tão fácil.
Finalmente conseguiu se mover, com as raízes fora da terra, deu o primeiro passo. Tombou e morreu.
Moral da história: não seja uma árvore
Moral da história #2: se você for uma árvore, não seja uma do cerrado
Moral da história #3: se você for uma árvore do cerrado, sinto muito
Moral da história #4: árvores não leem blogs, então essas morais aqui não fazem nenhum sentido.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Se bastando
Tu deves aprender
a viver com o que tens
e se não tens ninguém
aprende a ser só
E é só assim que
não vais te arrepender
do que vem e não vem
de quem vem ou não vem
Aprende a ser si
Aprende consigo
Se houver um amigo,
quem sabe, talvez
daquela outra vez
enxergarias
em outras vias
em outras vidas
a viver com o que tens
e se não tens ninguém
aprende a ser só
E é só assim que
não vais te arrepender
do que vem e não vem
de quem vem ou não vem
Aprende a ser si
Aprende consigo
Se houver um amigo,
quem sabe, talvez
daquela outra vez
enxergarias
em outras vias
em outras vidas
sábado, 13 de abril de 2013
Por sonhar acordado
Quero amar o mundo
Somar o fundo e torná-lo março
Esperar um segundo por tudo que eu faço
E agir num momento desapropriado
Quero tentar de tudo
Fazer um agudo virar um garfo
Partir do assunto da minha vontade
Saciar este sedento, este covarde
Somar o fundo e torná-lo março
Esperar um segundo por tudo que eu faço
E agir num momento desapropriado
Quero tentar de tudo
Fazer um agudo virar um garfo
Partir do assunto da minha vontade
Saciar este sedento, este covarde
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