quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Chora Chuva

Deixo a chuva chorar
as lágrimas que eu não posso mais
derramar

Lavo a minha alma
com a lama do chão
Mas que solidão!

Deixo escorrer as mágoas
e espero que sejam levadas
pela enxurrada

Mas na verdade,
apesar de tudo o que aconteceu,
quem deveria chover era eu

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Estação

O inverno se vai
mas o frio permanece
A primavera
só passou pra dizer adeus

Mas e eu?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sem Título VI

Tente ser sempre
aquilo que querem que seja
Espere pra ver, então veja
que não é nada tão bom de se ser

Quem mente e sente,
sendo algo incompleto e vago,
podendo ser pleno e vasto,
não clamará seu reino pra si

Já dizia o poeta:
o mundo passa a ser seu
quando se aprende a amar
Tão o mundo não é meu
e eu nem sei onde vai dar

Se me olha
Como quem olha apaixonado
Se me nota
Já que tem tudo anotado

Tome por seu
o mundo meu
pois dele
não sou mais eu
quem toma conta

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

É assim que as coisas são?

A vida, meu amigo,
não é nem um pouco justa.
Fica aqui que eu te digo
quanto é que a vida custa.

Passei todo esse tempo
à procura de algo mais
mas depois chega um momento...
na verdade, tanto faz

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sem Título V

Nosso espaço mais sincero
É aqui neste palácio
Meus são todos os abraços
No laço forte que eu quero

Me despedaço neste traço
E traço um braço de mar
Nesta orla e neste passo
Pra não dizer que estou a amar

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Brasília

Uma cidade de pessoas de aço
e corações de concreto branco