sábado, 29 de agosto de 2009

Morte

Nunca foi costume meu ler biografias. Sempre fui muito egocêntrico e ler sobre a vida de uma pessoa muito mais interessante que eu não me era algo muito agradável. Mas aquele que desde antes já era meu ídolo, foi me envolvendo de tal maneira que eu não consegui mais parar. Todas as brigas e reconciliações me tocavam como se tivessem acontecido a mim, a um amigo ou a um familiar.

Mas então chegou o desfalque. As últimas 30 páginas do livro simplesmente não estavam lá, como se não fizessem parte do livro. Um buraco. E eu teria de entrar em contato com a editora e esperar até conseguir trocar para acabar de ler.

Nesse meio tempo, li outros livros, vivi outras histórias. Reais ou não. E quando chegou o livro completo, aquela bíblia que eu já tinha devorado quase por completo, menos aquelas 30 páginas que agora estavam presentes, fiquei com medo. Não consegui.

Mas um dia eu criei coragem. Sentei para ler aquelas derradeiras páginas. Num virar de página, assassinato, covardes tiros nas costas. Morte. Nunca mais. Eu não queria ter chegado a isso. Esperava que evitando, isso poderia talvez nunca ter acontecido. Mas aconteceu. John morreu.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Declarações Aleatórias #10

Falta de inspiração é só uma desculpa pra eu não ter que atualizar.
É isso que eu sou: Um preguiçoso.

domingo, 23 de agosto de 2009

Fim de Domingo

Estava eu em um daqueles dias que não se ri de video-cassetadas. Nem de nada. Um daqueles em que só se quer dormir pra ver se consegue rir das cassetadas no dia seguinte. Mas segunda-feira não tem vídeo-cassetadas.

domingo, 16 de agosto de 2009

Poema claro, curto, de título grande e que foge à própria regra

Meus poemas
e prosas
podem ter um bom
começo
um meio
razoável
mas não tem fim.

Não sei até onde isso é bom
e até onde é ruim.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Carta do Vento

E somos todos feitos de vento, essa massa invisível e inconstante que circula diante de teus olhos, entre teus dedos, em todo lugar que te cerca e além.

E sendo vento, às vezes mudamos direção, mudamos humor, mudamos o que trazemos e mudamos o que levamos. E sendo vento, não temos, apenas carregamos. Quando somos brisa, trazemos a refrescância de um litoral. Quando somos furacão, levamos tudo que há de mais valioso. Para sempre.

E como vento, ventamos a todos os lugares. Alcançamos até o mais distante horizonte sem nunca precisar tocá-lo. A aparente frustração, é, na verdade, nossa maior realização. E como vento, e como ventamos... Circulamos...

E somos todos feitos de vento. Vendo que não nos satisfaz a restrição do espaço, espaçamos. Não se contentar com o que nos é mostrado é nossa natureza. E, como vento, nos vamos. Vamos ventando, vês? E isto é um adeus... pra sempre...