sábado, 23 de março de 2013

Declarações Aleatórias #29

Aquele momento da vida em que você começa a pensar que todas as linhas que você traçou não apontam pra lugar nenhum...

Modo de Preparo

Sim! Daquela vez fiz tudo certinho!!! Juntei todos os ingredientes. Na ordem certa! Misturei todos, até formar uma massa homogênea. Bati tanto que até doeu o braço! A massa tava com uma cara deliciosa! E com um gosto também! Tinha tudo pra dar certo!

Untei as formas. Isso eu sei fazer muito bem! Margarina, depois  farinha de trigo! Tudo certinho! O que sobra da farinha de trigo, é só jogar na massa e dar mais uma mexidinha. Hora de levar ao forno. Tudo estava muito bem encaminhado. Foi muito emocionante ver a massa crescendo, ganhando consistência. Tudo aquilo através daquela tela quente, mais emocionante que a Tela Quente.

Mas aí começou a abaixar. Foi tudo murchando, decaindo. Meu bolo solou. Solou! Preparei tudo com tanto carinho, tanta atenção, mas ele solou. Não importa se tudo que eu tinha feito me pareceu certo ou não. Ele solou. Talvez eu tenha errado no ponto em algum ponto. Solou. Nem gostoso ele ficou. Solou. Das outras vezes tinha ficado bom, mesmo murcho. Mas solou e ficou ruim.

E a cara de pau para servir em 10 porções? Cadê???

terça-feira, 12 de março de 2013

Passado Apegado

O mais dedicado
é o menos necessário

É o mesmo que quer
que passe essa mágoa
mas não passa
e tudo é sem graça

Ele que brilhar
na próxima página
Tem potencial
mas disso não passa
por mais que se esforce
por tudo que faça...

Não sabe por quê
Por mais que reflita
Não sabe
e sua vida aflita
segue em frente
e toca a fita
que já cansou de ouvir...

sexta-feira, 8 de março de 2013

Chuva Imaginária

São gotas de chuva batendo na janela
que eu não tenho...
Este vidro inexistente impedindo que se lave minha alma
que nem se sujou...

Por que vem essa chuva com tanto vento?
Por que ainda há tanto que eu não entendo?
Eu só fico com este reles contento?

E a chuva bate, fazendo questão de me lembrar
que ela está lá...
E os trovões ajudam, os trovões gritam uma dor
que já não é minha.

Mas onde dói,
se não em mim?
Pois não sou um só
e nem é por empatia

Que fica
e que vai
e que fica...