quarta-feira, 15 de abril de 2009

Omnia Vincit

Ele nasceu no Rio de Janeiro, já morou nos Estados Unidos, passou a adolescência em Brasília. Já ficou seis meses em uma cadeira de rodas e teve uma banda de rock imaginária. Já viajou pelo Brasil todo. Teve amores e teve AIDS. Parou de respirar aos 36 anos, mas nunca deixou de viver.

Em plena ditadura militar, fez retratos sonoros de uma juventude inconformada. Compôs hinos usados até hoje contra a sujeira dos governantes. Mas também falou de angústia, amor, tristeza, felicidade, saudade, esperança, solidão, decepção, sexo, drogas e rock 'n roll.

Tinha multidões de fãs. Mas era só. Tão só quando podia ser. Teve um filho que não pôde ver crescer direito. Teve namorados também. Foi feliz. Mas nunca por períodos muito longos. Tinha esperança. Sim, isso é o que mais tinha. Queria mudar o mundo. Conseguiu?

De seu pai herdou o nome Renato. De seu filósofo favorito tirou o nome com que entrou para a história. E para corações. "O homem é bom. A sociedade o corrompe". A sociedade conseguiu o corromper? Não que haja alguém insuscetível, mas o mito de Renato Russo não é algo que vai embora assim.

2 comentários:

Duda disse...

Faça logo seus ajustes, estou esperando o próximo texto.
=*

Yannara disse...

Pelo menos o MEU mundo ele mudou.

Amei seu texto!