segunda-feira, 13 de junho de 2011

Regras do Universo

Sabe aquela pessoa que tem brilho próprio? Que chega num lugar e parece que, naturalmente, muda a energia desse lugar, deixa tudo mais leve e bonito?

Quando essa pessoa está triste, dá até uma dor no coração, sabe? Não é o tipo de pessoa que merece estar na penumbra. Quando derrama uma lágrima, é como se viesse aquela ressaca, que te arrasta pra dentro, bem fundo, para um lugar obscuro.

E se chora por solidão, ah, que contradição! O sol, essencial e necessário para toda a vida, fadado à eterna solidão. O universo não é justo. Mesmo a lua, sua paixão prometida... A vontade e o amor não estão em sincronia com as regras do universo.

Naquele momento do dia em que o sol e a lua se encaram, intocáveis, de lados opostos do céu... isso não é justo. Mas é como é.

Mas e se a lua atravessassse o céu (ou vice-versa, que seja), desafiando todas as regras do universo, num amor inocente e destruidor, que não sabe que o ato pode levar à aniquilação de tudo da maneira que está estabelecida, capaz de gerar o caos absoluto.

Interessa? Num só instante se valeu a pena, o caos é anagrama de amor. Não precisa fazer sentido, só precisa ser. Não precisa ter medo. Vem, pois eu sei que está tudo errado e, por isso mesmo, está tudo mais que certo.

Um comentário:

Maria Barrillari disse...

O sol até tentou encontrar a lua por diversas vezes, mas não poderia deixar de brilhar. A lua não entendeu o brilho do sol e resolveu se esconder num eclipse eterno. O sol tentou encontrar alguns cometas que já cruzaram sua órbita, mas que vagam procurando outros sistemas solares. Mas parece que o destino do sol é brilhar sozinho.