terça-feira, 15 de abril de 2008

Andando na Chuva

Só mesmo grandes amigos para nos fazer executar grandes loucuras... Um grande "passeio" na chuva é um exemplo... Andando de lá até cá, correndo dos pingos que caem incessavelmente, a fadiga me alcança e começo a andar. É então que noto tão benditos e malditos aqueles pingos são. Podem inutilizar meu celular. Pego um saco num supermercado e problema resolvido. Agora posso me concentrar na beleza do momento, afinal, não sou feito de açúcar. Observo incontáveis gotas de cristal atraídas pela gravidade, fundindo-se ao suor, à pele, às artérias e veias e então eu e a chuva somos um só. Parece uma tela projetada a sua frente ao mesmo tempo que é tão tridimensional. Parece que eu sou parte do filme. Então, por um instante, sou a criatura mais feliz do mundo, livre de todos os pesos inevitáveis postos em minhas costas. Esqueço que os carros, tão estressados, passam ao meu lado fazendo barulho, esqueço que existem outras pessoas me julgando e tentando me tornar um deles. Nesse instante, eu sou eu mesmo. Pode parecer frio e sombrio, mas "o sol está em meu coração" e tudo que eu preciso está ali. Talvez as loucuras que os amigos nos fazem fazer não sejam loucuras, mas buscas por verdade. Então uma buzinada forte me faz acordar para o mundo mais uma vez... Ó mundo cruel... hehehe.

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