quarta-feira, 8 de julho de 2009

Não-soneto

Nos últimos cinco dias
pensei poder fazer
tudo que eu demoraria
cinco anos, mas você
e sua mente fria
disse "eu não sei..."

As últimas duas horas
Foram horas a mais,
correm soltas afora
E esquecem que, aliás,
Nosso amor foi embora
Mas sobra "mas"

Os últimos segundos
Sorrateiros e desvairados
Feios e imundos
São a lembrança árdua
De que todo o mundo
Não esperará-nos

Um comentário:

Maurício Campos Mena disse...

Cara, adorei seu poema-objeto com a explicação junto. Genial e, sobretudo, poético.