quinta-feira, 23 de julho de 2009

Planalto

O que vou dizer aqui não é nada de novo. Se você é daqueles que só gosta de ler novidades ou está aqui esperando um texto com uma idéia genial e inovadora, melhor desistir. Tire essas pré-disposições da cabeça, pois você vai se frustrar. Ou melhor, pare de ler agora mesmo. Nem vale a pena continuar daqui.

Olha, eu avisei!

Há uma cidade louca no meio do 'deserto'. A "prisão ao ar livre", de acordo com Clarisse Lispector. A cidade do céu imenso e do horizonte infinito. A cidade do concreto branco e da luz estourada. A síntese das qualidades e dos defeitos do povo brasileiro elevada de uma forma que parece ser caricata. Uma cidade onde tudo é longe, mas parece perto. Uma cidade fria que parece acolhedora. Uma cidade solitária. Uma cidade que se defende, somente. De uma ameaça que às vezes nem vem. E nem virá. Uma cidade de cilma seco, mas capaz de temporais. Cidade de um céu oceânico e de oceano distante. E muito distante.

Mas, por algum motivo, a cidade deixa um pouco de saudades, mesmo quando você sai só um pouquinho.

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